Eles planejam voltar ao cenário político ano que vem mas precisam perder o medo de admitir o desejo

Puccinelli e Delcidio já comandaram o MS mas acabaram perdendo força e protagonismo. 

Eles já experimentaram os privilégios do poder ocupando cargos políticos importantes e eram apontados até bem pouco tempo como homens de grande influência na política local e nacional. Se tornaram políticos admirados, respeitados e temidos inclusive. Mas caíram em desgraça e acabaram presos. No isolamento das celas que habitaram perderam apoio popular e após deixarem a prisão tentam pelo menos até agora sem sucesso retomar a carreira e voltar ao cenário político.

André Puccinelli ex-governador e Delcidio Amaral ex-senador da República se preparam para enfrentar as urnas ano que vem mas pelo menos por enquanto não apresentam estratégias de comunicação minimamente atraentes. Puccinelli tem dito que quer ser deputado estadual, mas fala isso aos poucos correligionários fiéis que ainda lhe restam. Nas redes sociais se limita a dar bom dia as segundas-feiras e desejar bom fim de semana as sextas. Evita debates e alega pouca habilidade com as ferramentas tecnológicas.

Delcidio adotou a rotina de enviar frases diárias de pensadores ou mensagens de autoajuda aos contatos no WhatsApp. A ideia não revela nada sobre suas intenções políticas mas ele vai reaparecendo no universo digital após perder a eleição em Corumbá ano passado cometendo talvez o maior erro da carreira.

Linha do tempo

Poucos imaginavam que 15 anos após vencer sua última eleição, o “Italiano” como era conhecido o ex-governador Puccinelli, fosse se submeter a planos secundários de políticos que ele próprio comandava no passado. Tem feito isso sem habilidade e chegou a vomitar no palanque de um deles.

Para conseguir uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa do MS, André vai precisar pegar carona na bancada do MDB, partido que assim como ele próprio, envelheceu, perdeu força e representatividade. Mas apesar dos tropeços é importante não duvidar da capacidade de recuperação de um homem que apesar dos tropeços, deixou um legado de boas realizações.

Já Delcidio, o “Senador de todos” vai precisar distribuir mais que mensagens bonitas aos parceiros se quiser recuperar o protagonismo de antes. Delcidio pode enfrentar mais dificuldades para disputar e vencer uma eleição se avaliarmos o histórico das urnas. Para quem caiu de 820 mil votos nas eleições de 2010 para pouco mais de 5 mil na disputa pela prefeitura de Corumbá ano passado o cenário não se mostra muito favorável.

Mas ninguém nega que Delcidio é político de fino trato, habilidoso e um conquistador nato. Superados os embróglios jurídicos que tanto prejudicaram a participação dele nos pleitos anteriores, não se pode duvidar de um homem que chegou a ser apontado como nome forte do PT para a disputa da presidência da República em 2014. Se acertar a mão, encontrar um caminho e algum apoio popular, talvez Delcidio reencontre o caminho da vitória. Quanto ao projeto de disputar o governo ano que vem, propagado recentemente não se pode negar que é uma estratégia comum a quem sonha com uma vaga na Assembleia Legislativa. Já vimos isso acontecer várias vezes por aqui. 

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